Vestibulandos driblam ansiedade a poucos meses das provas, veja como:
A poucos meses do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os estudantes afirmam que essa fase é mais estressante e, por isso, tentam relaxar. Os professores costumam chamar esse período de setembrite, porque as provas estão se aproximando e a tensão nas escolas costuma aumentar Junior Lago/UOL.
Na reta final da preparação para os principais vestibulares do país, o clima nos cursinhos de São Paulo é de ansiedade. Por isso, os candidatos recorrem à música, academia, saída com amigos e até acupuntura para diminuir a tensão.
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que abre a temporada de provas, está marcado para os dias 24 e 25 de outubro.
Mirela Dias Barbosa, 18, é de Cambuí (MG) e veio a São Paulo fazer cursinho para concorrer a medicina. "Cheguei aqui e fiz poucos amigos, fiquei bem isolada", lembra. "Quando ia conversar com alguém, travava." Ultrapassada a fase de adaptação, a estudante agora tenta passear aos finais de semana para relaxar da rotina puxada de dez horas de estudo: são seis horas na aula do cursinho e outras quatro revisando conteúdo por conta própria.
Para o educador e psicoterapeuta Leo Fraiman, a rotina puxada pode ajudar o estudante a se preparar para o futuro. Talvez o estudante tenha mesmo que deixar a vida social um pouco de lado -- se estiver difícil de fazer o planejamento, peça ajuda. Você pode fazer alguns exercícios de relaxamento durante os intervalos das aulas ou dos estudos.
Adepto a terapias alternativas, Eric Lemos Krüger, 17, pretende ser candidato no curso de veterinária ou de biologia em uma das três universidades estaduais paulistas. Sua rotina escolar começa às 7h, quando tem aulas no último ano do ensino médio, e termina às 18h30 no cursinho. "Dá um pouco de aflição porque está tão perto", diz sobre a reta final de preparação para os vestibulares. "Por isso, nas horas vagas faço acupuntura, minha mãe inclusive é acupunturista, e também faço homeopatia para manter a calma."
Estudos e trabalho
Thomas Figueiredo, 18, irá prestar engenharia aeronáutica na Fuvest e no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Ele diz que estuda das 6h às 18h no cursinho e ainda mais outras 4h em casa. "O principal é saber como você aprende melhor, em casa ou na sala de estudos do cursinho, e sempre revisar as matérias que teve no dia", diz.
Para acalmar os ânimos, Thomas gosta de sair com os amigos. "Você já passa a semana inteira estudando, fica bem estressado. É bom dar uma relaxada com algo fora da sua rotina."
Angela Gouveia, de 17 anos, não consegue ter uma rotina tão intensa de estudos por conta do trabalho. Além do cursinho na região da Paulista, ela tenta tirar uma hora no serviço para revisar conteúdos. "Se eu pudesse, não trabalharia. Trabalho para pagar o cursinho", conta.
Essa também é a situação de Thainá Gomes, 19, que vai prestar arquitetura na Fuvest. "Moro longe, então já tenho que madrugar. Vou para o cursinho, estudo, almoço, saio correndo e vou para o trabalho. Chego em casa cansada, mas ainda tenho que estudar", diz. "Já me acostumei com a rotina, mas dá aquela aquela ansiedade e um pouco de desespero."

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